Manuel da Bouça parte para o Brasil à procura de melhores condições de vida. Trabalhou na perspetiva de enriquecer e sentiu penosamente a distância da terra que o viu nascer.
Amélia, sua esposa, adoece e morre sem nunca o ver regressar.
Deolinda, sua filha, foge e casa - se sem a autorização dos pais. Desta relação nasce Afonso. O neto que o espera Manuel da Bouça no comboio no dia do seu regresso a casa.
Esta personagem amarga do insucesso, resignado, regressa a casa sem dinheiro, sem riqueza, sem amor e depara-se com a ostentação dos que enriquecem à custa de homens como ele, que partem das suas terras iludidos pela riqueza que há de surgir.
Uma história de amor e de traição, de vida e de morte que tão bem ilustra o nosso tão grande escritor: Ferreira de Castro.
“Os homens andam de país em país em busca de melhores condições de vida e de maior fortuna. Vão movidos a carvão em terceira classe… há também quem embarque em porões escuros, frios e húmidos… A vida a bordo não é agradável.
Ainda assim, os homens partem na esperança de uma vida melhor.” (Emigrantes, versão adaptada pelos alunos do 4.º ano da EB1 de Areosa)